As causas da doença podem estar em problemas com o desenvolvimento do cérebro antes do nascimento
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram em análises que cerca de 45 mil crianças menores de 15 anos desenvolvem epilepsia a cada ano.
As causas podem ser problemas com o desenvolvimento do cérebro antes do nascimento, a falta de oxigênio durante ou após o parto, traumatismos cranianos, tumores, convulsão com febre prolongada, genética ou infecções no cérebro.
A boa notícia para os pais é que a epilepsia tem cura e as chances aumentam caso a doença seja descoberta e tratada logo nos primeiros anos de vida do paciente. Entretanto, um estudo comandado pela Organização Mundial de Saúde revelou que cerca de 75% das pessoas que sofrem de epilepsia, no mundo, deixam de receber tratamento. E isso se deve muito mais à falta de conhecimento sobre a doença do que ao valor dele.
Segundo o neurologista do Hospital Sírio Libanês (SP), Rogério Tuma, a doença pode ser constatada logo depois de a criança nascer, quando o médico já pode perceber se o bebê apresenta contrações constantes em algum músculo do corpo. Por isso em crianças até 6 anos de idade, fique de olho nesses sinais descritos abaixo:
• Contração muscular mantida do corpo ou do braço (s) ou perna (s) que dura de poucos segundos a minutos;
• Contrações rápidas de um único músculo ou de grupos musculares do braço ou da perna;
• Série de contrações musculares rápidas e ritmadas do rosto, face ou dos braços ou das pernas;
• A cabeça ou o tronco da criança "cai" para frente ou o tronco "arqueia" para trás, ou os braços da criança "dobram", repentinamente, como se estivesse tendo um espasmo, como se fosse uma contração súbita;
• Movimentos parecidos com "pedalar", impulsão da pelve, balanceio;
• Diminuição na amplitude e/ou velocidade dos movimentos ou até mesmo a interrupção dos movimentos;
• Desvio forçado e mantido dos olhos, cabeça e tronco para um dos lados.
Vale dizer que a epilepsia não é transmissível e acontece quando os neurônios não funcionam de forma correta. Essa disfunção se manifesta em contrações involuntárias de alguns músculos do corpo ou até do corpo inteiro durante alguns segundos. Outro sintoma é que os médicos chamam de ausência, quando a pessoa parece olhar para o nada, pisca com frequência ou estala os lábios, como se não estivesse percebendo o que está ao seu redor.
Esses períodos em que a pessoa parece inconsciente ou quando tem essas contrações são conhecidos como crises. Em uma crise mais grave, a pessoa pode chegar até mesmo a ter convulsões. O tratamento é feito com medicamentos específicos e acompanhamento médico. As estatísticas mostram que 80% dos pacientes apresentam remissão completa com o tratamento clínico. fonte: Natália Farah
|