No processo de evolução dos seres humanos, desenvolvemos uma grande quantidade de músculos complexos. Esses músculos atrofiam se não forem usados, portanto temos de exercitá-los. Se compararmos a quantidade de músculos entre os braços e as pernas, observamos que temos muito mais músculos nas pernas do que nos braços. Esta diferença na musculatura foi provocada por termos adotado a posição ortostática. Portanto, devemos dar maior atenção ao ato de caminhar.
Outra região que tem grande quantidade de músculos além dos membros é a coluna vertebral. Os músculos que ocupam maior área do corpo humano são os músculos espinhais e abdominais. A metade do nosso peso total fica na parte superior do corpo. Quando nos movimentamos, a força da gravidade solícita muito aos músculos espinhais e abdominais. Os movimentos lentos da parte superior do corpo na vida diária já exercitam essa musculatura de forma suficiente. Com movimentos mais amplos e abruptos, a força da gravidade é acrescida ao momentum gerado pelo movimento do corpo, em muito aumentando a carga de esforço sobre as estruturas corporais. Os danos que os movimentos rápidos podem às vezes causar devem-se a esse facto. Portanto, sempre devemos exercitar os músculos espinhais e abdominais, mas de forma suave, pois movimentos bruscos podem provocar lesões nos mesmos.
Exercitar-se para hipertrofiar os músculos afeta negativamente a nossa saúde, pois desequilibra o sistema nervoso autónomo. Quanto mais musculosos forem, mais oxigénio necessitará para manter esses músculos, o que provoca o aumento do tônus simpático, preparando um terreno fértil para atrair as doenças. Ao contrário, o sedentarismo enfraquece os músculos levando, com o tempo, à atrofia por desuso e, como consequência, à fadiga muscular. Por sua vez, isso facilita o aparecimento de lombalgias, gonalgias, epicondicilites ou lesões nos discos intervertebrais.
fonte: TROVISCA
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