Os níveis de deficiência de Vitamina D em Portugal são altíssimos. Esta é uma vitamina essencial para a execução de mais de 85 funções, além da ativação de mais de 2000 genes importantes.
O QUE É, PARA QUE SERVE
E DE QUANTO NECESSITAMOS?
Diferente das outras vitaminas, a Vitamina D funciona como um hormônio, e todas as células do corpo tem um receptor para ela. Compare em perspectiva com a frutose, hoje considerada um dos principais venenos para a Saúde, tão indesejável para o corpo que nenhuma célula tem receptor para a mesma – exceto o fígado, para eliminar a mesma.
O corpo produz a Vitamina D a partir do colesterol, quando a pele é exposta aos raios ultravioletas da luz solar, convertendo o colesterol na tão importante vitamina. Isso mesmo: sem colesterol não há Vitamina D. Ainda considera o colesterol um inimigo da Saúde?
Também é encontrada em certos alimentos, como peixes e produtos lácteos enriquecidos, no entanto, a dieta é uma fonte inadequada para a Vitamina D. A ingestão diária recomendada oficial é geralmente em torno de 400-800 UI, mas os grandes especialistas são unânimes em afirmar que precisamos de maior quantidade.
A deficiência de Vitamina D é bastante comum. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo têm baixos níveis de vitamina D no sangue, e isto considerando os baixos índices considerados “suficientes” pelas medições oficiais. A maioria das pessoas não percebe a deficiência, uma vez que os sintomas são geralmente subtis.
Aqui estão 8 sinais e sintomas da deficiência de vitamina D.
1. FICAR DOENTE OU CONTRAIR INFECÇÕES COM FREQUÊNCIA
Um dos papéis mais importantes da vitamina D é manter o sistema imune forte, capaz de lutar contra os vírus e bactérias que causam doenças. A vitamina D interage diretamente com as células que são responsáveis por combater as infecções.
Se você adoece com frequência, especialmente com gripes ou constipações, os níveis baixos de vitamina D podem ser um fator contribuinte decisivo.
Vários estudos têm mostrado uma ligação entre a deficiência e infecções das vias respiratórias como constipações, bronquite e pneumonia. Inúmeros estudos demonstraram que tomar suplementos de vitamina D em doses de pelo menos 4.000 UI por dia (10 vezes mais que a recomendação oficial) pode reduzir o risco de infecções do sistema respiratório.
Resumindo: A vitamina D desempenha um papel importante na função imune. Um dos sintomas mais comuns de deficiência é um aumento no risco de doenças ou infecções.
2. FADIGA E CANSAÇO
Sentir-se cansado o tempo todo pode ter muitas causas (desidratação crônica é uma delas) e a deficiência de vitamina D pode ser uma. Estudos de casos têm mostrado que os níveis sanguíneos muito baixos podem causar fadiga, com grave efeito negativo na qualidade de vida.
Num dos casos, uma mulher que se queixava de fadiga diurna crônica e dores de cabeça, foi encontrado um nível de concentração de apenas 5,9 ng / ml no sangue. Esta concentração é extremamente baixa, já que qualquer valor abaixo de 20 ng / ml é considerado como deficiente. Ao tomar um suplemento de vitamina D, o seu nível aumentou para 39 ng / ml e seus sintomas desapareceram.
No entanto, mesmo que os níveis sanguíneos não sejam extremamente baixos pode haver impacto negativo sobre os níveis de energia.
Resumindo: Fadiga excessiva e cansaço podem assinalar deficiência de vitamina D. Tomar suplementos pode ajudar a melhorar os níveis de energia.
3. DOR NOS OSSOS E NAS COSTAS
A vitamina D contribui para manter a saúde dos ossos através de inúmeros mecanismos. Um deles é fazer com que o corpo absorva melhor o cálcio. Ou seja, dor nos ossos e nas costas podem ser sinais de níveis inadequados de vitamina D no sangue.
Estudos encontraram uma relação entre a deficiência e a dor lombar crônica.
Um estudo examinou a associação entre os níveis de vitamina D e dor nas costas em mais de 9.000 mulheres de mais idade. Os pesquisadores descobriram que aquelas com deficiência estavam mais propensas a dores nas costas, inclusive dores que limitavam suas atividades diárias.
Resumindo: Níveis sanguíneos baixos de vitamina D podem causar ou contribuir para dores ósseas e lombares.
4. DEPRESSÃO
Em estudos de revisão, pesquisadores relacionaram a deficiência de vitamina D à depressão, particularmente em adultos mais velhos.
Em uma análise, 65% dos estudos observacionais encontraram relação entre baixos níveis sanguíneos e depressão. Alguns estudos controlados demonstraram que administrar vitamina D para pessoas com deficiência ajuda a melhorar a depressão, incluindo a depressão sazonal, que acontece durante os meses mais frios do ano.
Resumindo: A depressão está associada com níveis baixos de vitamina D e alguns estudos descobriram que a suplementação melhora o humor.
5. DIFICULDADES DE CICATRIZAÇÃO
Cicatrização e recuperação lenta após cirurgias ou lesões pode ser um sinal de que os níveis de vitamina D estão muito baixos.
Resultados de um estudo de tubo de ensaio sugerem que a vitamina aumenta a produção de compostos que são cruciais para a formação de novos tecidos, como parte do processo de cicatrização de feridas.
Também foi sugerido que a vitamina D desempenha importante papel no controlo de inflamações e no combate às infecções.
Infelizmente, ainda há muito pouca pesquisa sobre os efeitos de suplementos de vitamina D na cicatrização de feridas em pessoas com deficiência. No entanto, um estudo verificou que quando pacientes deficientes em vitamina D com úlceras na perna foram tratados com a vitamina, o tamanho das úlceras foi reduzido em 28%, em média.
Resumindo: Níveis de vitamina D inadequados podem ocasionar uma piora na recuperação após cirurgias, lesões ou infecções.
6. PERDA ÓSSEA
A vitamina D desempenha um papel fundamental na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo.
Muitas mulheres com mais idade que são diagnosticadas com perda óssea acreditam que precisam tomar mais cálcio. No entanto, elas podem também estar com deficiência de vitamina D.
A baixa densidade mineral óssea é uma indicação de que o cálcio e outros minerais foram retirados dos ossos. Isto faz com que as pessoas mais velhas, principalmente mulheres, apresentem maior risco de fraturas.
A ingestão adequada de vitamina D e uma ótima concentração nos níveis sanguíneos são uma boa estratégia para proteger a massa óssea e reduzir os riscos de fraturas.
Resumindo: Um diagnóstico de baixa densidade mineral óssea pode ser um sinal de deficiência de vitamina D. Ter o suficiente desta vitamina é importante para preservar a massa óssea conforme se envelhece.
7. PERDA DE CABELO
A queda de cabelo é muitas vezes atribuída ao stress, que certamente é uma causa comum. No entanto, quando a perda de cabelos é grave, pode ser resultado de uma doença ou de uma deficiência de nutrientes.
A queda de cabelo em mulheres tem sido associada a níveis baixos de vitamina D, embora pouca pesquisa tenha sido realizada.
Alopecia areata é uma doença auto-imune caracterizada por grave perda de cabelos e pêlos em outras partes do corpo. Está associada ao raquitismo, que é uma doença que enfraquece enormemente os ossos, principalmente em crianças, devido à deficiência de vitamina D.
Níveis baixos de vitamina D estão ligados ao aparecimento da alopecia areata e podem ser um fator de risco para desenvolver a doença.
Resumindo: A queda de cabelo pode ser um sinal de deficiência de vitamina D nos caso de perda de cabelo feminino ou na condição auto-imune de alopecia areata.
8. DOR MUSCULAR
As causas de dor muscular são muitas vezes difíceis de detectar.
Existem algumas evidências de que a deficiência de vitamina D pode ser uma causa potencial de dor muscular em crianças e adultos. Em um estudo, 71% das pessoas com dor crônica apresentaram deficiência.
Alguns estudos descobriram que tomar altas doses de suplementos de vitamina D pode reduzir vários tipos de dor em pessoas com deficiência desta vitamina.
Resumindo: Há uma ligação entre dor crônica e baixos níveis sanguíneos da vitamina, que que provavelmente ocorre devido à interação entre a vitamina e as células nervosas com sensibilidade à dor.
Corrigir uma deficiência de Vitamina D é SIMPLES
A deficiência de vitamina D é incrivelmente comum e pode passar despercebida.
Isso porque os sintomas são muitas vezes subtis e não específicos, é difícil saber se eles estão sendo causados por níveis baixos de vitamina D ou por outras razões.
Se você desconfia que pode ter uma deficiência, é importante falar com o seu médico e examinar seus níveis sanguíneos.
Felizmente, uma deficiência de vitamina D é geralmente fácil de corrigir. Você pode aumentar sua exposição ao sol, sem protetor solar, nos horários em que a radiação ultravioleta está presente, geralmente entre 10:00 e 15:00, dependendo da estação do ano e da localização geográfica… ou simplesmente tomar um suplemento.
A Vitamina D3 atua em sinergia com a Vitamina K2, razão pela qual sugere-se que ambas sejam tomadas juntas.
fonte: Adaptado de: "Flávio Passos"
|